QUANTO VALE A ALFABETIZAÇÃO QUE VOCÊ TEVE?


Vejam a matéria publicada no O Globo (página 3, caderno O País) de ontem (24-02-2013) no contexto de uma reportagem sobre o tráfico internacional de pessoas: 


" O relatório Tráfico de Pessoas traçou o perfil da vítima: é oriunda de classes populares; tem baixa escolaridade; habita espaços urbanos periféricos, com carência de saneamento e transporte; mora com algum familiar; tem filhos; e exerce atividades laborais de baixa exigência, como cabeleireira, manicure, auxiliar de enfermagem, professora de ensino fundamental, vendedora, secretária e doméstica."




e-mail que eu mandei em resposta da matéria do "jornal" O GLOBO! 


Boa tarde!

Li a matéria publicada no O Globo (página 3, caderno O País) do último domingo (24-02-2013) e estou aqui para expressar minha indignação quando a parte: "exerce atividades laborais de baixa exigência, como cabeleireira, manicure, auxiliar de enfermagem, professora de ensino fundamental, vendedora, secretária e doméstica." 
Sou Pedagoga formada na ESAMC, e achei uma falta de respeito pois a minha atividade laboral é tão exigente quando a do jornalista que escreveu essa matéria. 
Estou aqui para lembrar a vocês, que se não fosse os professores de educação básica você nunca teria sido jornalista, não existiria médicos, engenheiros, advogados e nenhuma outra profissão. 
Você sabe o que é enfrentar 40 crianças diferentes dentro de uma sala de aula? Com diferentes realidades, famílias e dificuldades? Crianças com distúrbios que aprendizagem, com famílias desestruturadas, que não tem o que comer em casa e tem que enfrentar a sala de aula com fome? Eu acredito que vocês estão precisando que um grande choque de realidade, porque num pais onde o professore é classificado como atividades laborais de baixa exigência, é realmente impossível ter algum desenvolvimento. O minimo que vocês podem fazer é pedir desculpas publicamente por essa falta de respeito. Mas não da pra esperar muito de alguém que não acredita na base da sua própria educação.

Muito Obrigada pela atenção.

Carolina Tavares Mariotti

Pedagoga com muito orgulho!

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