A série de que falo é A Million Little Things (Um milhão de Coisas, pela GloboPlay), é uma série que não ficou super conhecida do público geral, mas desde o começo dos trailers me impactou pelo tema e pelos dramas dos personagens.
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Da esquerda para direita: Katherine, Eddie, Delilah, Jon, Gary, Maggie, Rome, Regina. |
Vamos do começo.
Na primeira temporada temos um trama em volta do suicídio do Jon, um dos quatro amigos que são os pilares de um grande grupo de amigos. Praticamente a primeira cena é a morte dele, e como os outros personagens ficaram sabendo. A partir dai temos uma temporada inteira de tentativas de todos de entenderem os motivos, e superarem.
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E isso que eu citei é apenas algumas poucos desafios que esse grupo enfrenta ao longo das 5 temporadas que a série teve.
O que eu não contei ainda é que o Gary também teve câncer de mama (sim, homens também tem câncer de mama, sabia?), inclusive é num grupo de apoio que ele conhece a Maggie e os dois começam a namorar. Quando a série começa ele já está em remissão há algum tempo.
Eu acompanhava essa série semanalmente desde o lançamento, mas não sei porque parei ao fim da terceira temporada. E há algumas semanas eu resolvi que era a hora de concluir as duas temporadas que faltavam. Maratonei os 20 e tantos episódios da quarta temporada rapidamente. E na última semana comecei a última temporada que contava apenas com 13 episódios.
Acontece que a quarta temporada acabou com uma bomba: O câncer do Gary voltou e se espalhou para o pulmão.E ai, meus amigos, você já podem imaginar o drama que se arrastou pela última temporada inteira, ainda mais quando logo no primeiro episódio eles já avisam que: o Gary terá câncer para sempre, não tem cura. Eu tentei me enganar até o final de que eles dariam um jeito que não dilacerar o coração dos poucos fãs que a série tinha, só que não.
Os últimos três episódios me arrancaram todas as lagrimas que meu corpo conseguiu produzir e eu acho que se quisesse chorar agora, enquanto escrevo esse post, não seria capaz. O câncer avançou, os tratamentos não tinham mais efeito, e o personagem teve que entrar em "cuidados para deixá-lo confortável". E todos os personagens entraram em um mar de sofrimento e dor que durou os três últimos episódios. Claro que seria sofrido, o Gary era o personagem mais incrível da série e os outros personagens também sabiam disso. E o momento dele morrer teria que ser no final mesmo porque não teria como continuar a série sem ele.
Eu amava esse série, eu achava os temas tratados tão importantes e feitos com tanta responsabilidade, eles falavam de tudo que era importante: adoção, racismo, transfobia, traição, câncer, vícios, PCD, preconceitos, tudo tudo tudo. Mas sinto que nunca mais vou conseguir assistir de novo. Não vou fazer isso comigo mesma.
A cena da Maggie perguntando pra Delilah como ela conseguiu viver depois da morte do Jon é uma cena dilacerante. O luto que todo mundo sofre antes mesmo da morte eminente do Gary é arrasador. E eu sei que isso acontece muito na vida real, eu sei que muitas famílias precisam enfrentar isso, mas eu não vejo série pra sofrer desse jeito. É angustiante.
Como se não bastasse tudo isso, o Gary decide pedir aos amigos que acabem com o sofrimento desse e uma das últimas cenas da série é justamente a Maggie dando remédios para ele morrer, enquanto todos se reúnem na casa da Katherine para esperar o que todos já sabem que vai acontecer. Tudo isso ao som de For Good (música de Wicked que eu amo), e que faz tanto sentido para aquele grupo de amigos que é como se estivessem enterrando o espectador junto com o Gary.
É isso, mataram o melhor personagem da série. Fizeram o público sofrer por semanas (quem assistiu na época do lançamentos dos episódios) e provavelmente ninguém nunca mais vai conseguir ver essa série.
Eu só quero esquecer e não sonhar mais com ela.
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