[Projeto Desventuras em Série] - Crítica primeira temporada - Lemony Snicket

Título original : Lemony Snicket's A Serie of Unfortunate Events
Elenco : Neil Patrik Harris (Conde Olaf), Malina Weissman (Violet Baudelaire), Louis Hynes (Klaus Baudelaire), Presley Smith (Sunny Baudelaire)
Lançamento : 13/01/2017
Gênero : Aventura / Drama / Fantasia
Produção : Netflix

Direito de imagem pertencente a Netflix.
Foto retirada do site adorocinema.com
Olá galera que acompanha nosso querido Leitura Virtual! Como prometi a vocês hoje trago a última etapa do Projeto Desventuras em Série. Hoje falarei especificamente da série produzida pela Netflix. A série estreou dia treze desse mês; a primeira temporada foi baseada nos quatro primeiros livros da saga, que é composta por treze no total. A expectativa cresceu muito conforme os boatos se transformaram em realidade, e quando novas notícias foram sendo reveladas. Acredito que a grande revelação ficou por conta da confirmação de Neil Patrik Harris como intérprete do vilão Conde Olaf. Neil é consagrado nesse ramo das belas artes. Ainda mais por vir de seu grande sucesso como Barney na série How I meet your mother. Confesso que fiquei um pouco apreensivo pela escolha, afinal Neil veio de uma série de comédia, o que não combina com o perfil do Conde Olaf; o que me recordou o Conde Olaf interpretado por Jim Carrey no filme de 2004, que não me agradou exatamente por essa veia cômica. Quanto a escolha das crianças que interpretariam os irmãos Baudelaire, a primeira vista fiquei satisfeito pela aparência condizer com a descrição e ilustrações dos personagens. Bem vamos falar então da série em si. 

Confesso que os quatro primeiros episódios dos oito no total não me convenceram completamente. Esses episódios me deixaram uma impressão que faltou um certo ritmo nas cenas. Uma ligação melhor entre os acontecimentos. Os cenários apesar de muito bem retratados pecam um pouco na harmônia, como as cores por exemplo. A cena em que os Baudelaire encontram - se a primeira vez com a juíza Straus, deixa esse detalhe bem evidente. Falta um meio termo que ligue as cores vivas da residência dela, com o cinza depressivo da residência do Conde Olaf. Mas conforme os episódios vão passando, parece que a direção enxergou esse aspecto, e o consertou nos últimos episódios.

Direito de imagem pertencente a Netflix. Foto retirada do site adorocinema.com
Quanto a atuação dos personagens, não poderia ser melhor. A inserção de Lemony Snicket como um personagem ativo, e não apenas um narrador agrada os fãs dos livros. Quem leu sabe da importância e atuação de Snicket relatando as desventuras dos Baudelaires. Seu perfil e sua insistência em desencorajar os espectadores está em perfeita sincronia com seu relato literário. Todas as suas peculiaridades são empregadas de forma consistente. Os irmãos Baudelaires também atuaram de forma excepcional. Foi com muita alegria que assisti a concentração de Violet (com sua característica fita para prender o cabelo!), a inteligência de Klaus (ao citar tudo o que ele já leu!), e a sagacidade de Sunny (seja em morder, ou perceber coisas que os outros não conseguem!). Os coadjuvantes também merecem destaque! Sr. Poe com sua incrível falta de percepção do óbvio. Toda a trupe maluca do Conde Olaf. Tio Monty com seu carisma único. Tia Josephine e sua obsessão por gramática, e fobias descabidas. Quanto a atuação de Neil Patrik Harris, grande estrela da série me causou um certo desconforto no início. Eu aprecio muito o papel que ele fez em HIMYM, e os trejeitos e a forma com que ele falava me lembrava muito seu antigo personagem. Contudo essa percepção também passou conforme assisti aos últimos episódios. Acredito que ele tenha evoluído, e entendido por completo a personalidade do Conde Olaf. 

Direito de imagem pertencente a Netflix. Foto retirada do site adorocinema.com

A ambientação, figurino e os disfarces de Olaf foram impecáveis. Todos esses detalhes retratados com exatidão impressionantes. Apesar de necessitar de um ritmo mais fluído, foi muito bom ver que as falas foram em sua maioria preservadas minunciosamente. É claro a dedicação que foi empregada para satisfazer os leitores da saga. E a grande sacada de revelar algumas coisas concernentes aos pais dos Baudelaires que não estão presentes nos quatro primeiros livros da série, instigando assim a curiosidade não só em acompanhar os irmãos, como saber o que realmente aconteceu ao seus pais. Outro aspecto que me chamou a atenção e que ficou gravado foi a abertura da série. Muito bem elaborada, é quase impossível não ficar gravada na memória. Com a música contando praticamente uma sinopse do que será o episódio. As pistas nos finais de cada episódio, que apontam o tema do próximo episódio não foram esquecidas, exatamente como o autor faz nos livros. 

Em resumo eu recomendo a série, principalmente aos leitores da saga. Uma adaptação feita para os fãs. A expectativa para a segunda temporada é grande, ainda mais sabendo dos novos amigos que os Baudelaires farão. Então não perca tempo, e vá assistir. Se bem que a abertura diz, que é melhor você não olhar! Rsrsrsrs... quem já assistiu, nos conte o que achou! E você que não viu ainda, qual sua expectativa? Eu ainda farei resenhas dos livros restantes! Até a próxima pessoal!

4 comentários

  1. Oii, Gustavo!
    Eu tive uma certa dificuldade em engrenar nos primeiros episódios, achei um pouco desconexo também e acabei abandonando. Ainda quero voltar para a série, mas por enquanto vai ficar lá... se sobrar um tempinho nas férias, voltarei e terminarei haha
    Beijoss
    Vida em Marte

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    1. Olá Kathleen,
      Realmente a série leva alguns capítulos para engrenar... mas como são poucos comparados a maioria das séries, espero que você volte a ver. O final vale a pena, e deixa um gostinho de quero mais. Te garanto que você vai perceber a evolução da série. Depois nos conte se voltou a assistir! Beijos...

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  2. Olá!

    Adorei a sua crítica, concordo em vários pontos! Também achei bem interessante e divertido colocar o Lemony Snicket como personagem, pois sentimentos isso quando estamos lendo o livro. Quanto as crianças, achei a atuação delas meio fraca, mas nada que tirasse o brilho da série. O Neil Patrik Harris também me surpreendeu, ele conseguiu dar uns toques de humor no Olaf, mas não tirou o perfil sombrio e maligno do personagem. A música da abertura é muito viciante mesmo e realmente, a série vale a pena a ser assistida! Também estou louca pela segunda temporada!

    Beijos!
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    1. Olá Ana,
      Muito obrigado! A inserção do autor como personagem foi uma grande sacada! Quanto a interpretação dos Baudelaire eu vejo que como eles conseguiram manter as principais características de cada um bem evidentes, considero que foi uma boa atuação. Concordo absolutamente com você em ralação ao Neil, definiu com precisão. A abertura foi impecável, e a expectativa para a segunda temporada é a melhor possível... obrigado pela visita, beijos!...

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