[Crítica] - O mínimo para viver



A Netflix resolveu falar sobre assuntos bem polêmicos, depois do sucesso de público de críticas de "Os 13 porquês" agora é a vez de "O mínimo para viver", que conta a história de Ellen, uma menina de 20 anos que está lutando contra uma anorexia que a está matando. 

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O filme não conta os motivos que levaram Ellen a chegar a tal ponto, muito pelo contrário, ele deixa claro que os motivos não importam realmente, o que importa é o que você decide fazer a partir dali. O passado já está feito.

No começo conhecemos Ellen, personagem de Lili Colins, ela já está doente e aparece extremamente magra, num ponto que chega a impressionar, não é bonito. Ela já vem de um histórico de quatro internações mal sucedidas e cada vez mais sem esperanças de conseguir seguir uma vida feliz e saudável. Podemos perceber nitidamente que ela desistiu de viver. 
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É quando sua madrasta, que parece uma mãe, consegue uma consulta com o Dr. William Beckham, um médico muito renomado na área de distúrbios alimentares que tem um tratamento alternativo com os jovens. 
Mas a medida que o filme vai avançando percebemos que Ellen está piorando e ficando mais magra ainda, podemos ver isso porque ela sempre tenta fechar os dedos ao redor do braço mostrando que cada vez está ficando menor. 

É um filme perturbador, conhecemos outros personagens que também estão passando por distúrbios alimentares e conseguimos perceber a angustia que eles passam por não conseguirem lidar com aquilo. 
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O filme tinha tudo para ser fantástico mas achei a abordagens um pouco superficial, não teve aprofundamento dos personagens, mostrando suas características ou lutas durante a doença. Achei completamente desnecessário colocar um romance no meio da história, já que esse não era o foco e fez a gente sair um pouco do que realmente importava. E no mais, o final foi decepcionante, não há uma resposta concreta sobre Ellen, se ela conseguiu se curar ou não. Pra mim isso foi a pior parte de todas, a gente acompanha a história, se liga a personagem e precisa imaginar o que aconteceu com ela porque o filme não foi capaz de nos contar. 
Acho que a Netflix está muito certa em abordar temas assim nos seus programas, mas acredito que é necessário aprofundar mais porque uma abordagem superficial não nos mostra exatamente a realidade das pessoas que vivem com isso. E é importante que seja mostrado. 

8 comentários

  1. Vou ter que descordar de ti quanto ao final: eu gosto desse tipo de final, neste caso, pq melhorar de uma doença grave como esta não da para colocar em um filme de duas horas que o foco são as dificuldades de se ter essa doença. Não cabe ao filme mostrar uma formula mágica para vencer a doença ou a qualquer um. É uma luta diária que pode demorar muito.
    Eu amei o final do filme, me deixou com um sentimento de esperança para a personagem e para todos que estão passando pelas mesmas dificuldades. Chorei até não conseguir mais depois de assistir ao filme. Muito bom!

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    1. Sim, eu entendo isso. Sei que ela nunca vai estar livre disso, que é um batalha diária. Eu tava feliz quando ela aceitou se tratar e voltou, mas ai pensei que ela poderia ter uma recaída no dia seguinte e morrer. E a gente não saberia. Sei que é um filme mas penso muito no futuro dos personagens, por isso gostaria que mostrasse um pouco das vitórias diárias dela sabe?

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  2. Olá!
    Pretendo assistir o filme essa semana ainda. Achei super válido o Netflix abordar esses temas em suas produções, já que são realidades muito presentes em nossas vidas. Uma pena que não houve um aprofundamento maior.
    Beijos!

    Books & Impressions

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    1. Olá Raissa. Eu achei muito importante também. Por mais que não tenha tanto aprofundamento quanto eu gostaria teve algumas coisas que eu não sabia e que o filme me mostrou. Então só por isso já foi muito bom!

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  3. Oi, Carol!
    Eu estou louca pra ver esse filme. Muitos amigos me indicaram e estou vendo cada vez mais críticas positivas... acho o tema super importante de se pensar, de se debater. Espero conseguir vê-lo logo, assim que sobrar um tempinho hahaha
    Beijoss
    www.vidaemmarte.com.br

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    1. Veja sim, é super importante estar por dentro desses assuntos, porque temos que saber lidar se alguém que conhecemos passar por isso.

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  4. Oi Carol ... Leia esta análise de uma psicanálista.....https://psicanaliseblog.com.br/2017/10/02/uma-abordagem-psicanalitica-do-filme-o-minimo-para-viver/

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  5. Eu já achei que o filme foi excelente, sem clichês!!!
    Muitos filmes começam contando o motivo da pessoa passar por aquilo, só que na vida real, não ligamos para o motivo que a pessoa está passando, muitas vezes achamos que e até banal a pessoa passar por aquilo por essa razão!!! Sempre criticamos o motivo, sem saber o tamanho da dor que pra pessoa!
    Não colocar o motivo, foi pra nós fazer refletir, pensar um pouco se o motivo fosse por sua mãe ser lésbica, iríamos criticar pelo filme abordar o homossexualismo é tirar o foco da anorexias, se fosse falar que o motivo é o pai não ser presente, iríamos criticar porq muitos pais são ausentes e nem por isso tal pessoa passou por isso! E se fôssemos falar que o motivo era o suicidio da menina que viu seus desenhos, iríamos criticar também! Não ter um motivo, pra mim foi essencial!
    O romance retratado no filme, penso que não é basicamente o romance que importa, mas sim no colo que ela achou pra conseguir ir em frente e parar, poderiam ter colocado um animal, uma menina, um brinquedo, qualquer coisa desse forças pra ela, mas para a história ser mais “fofinha” colocaram um menino, não penso que tirou o foco da história, foi apenas uma metáfora usada!!!
    O final e onde mais gostei, porq poderia ser clichê,. Onde falaria que passou tempos e ela ficou bem ou então que ela não resistiu e faleceu!
    O final e apenas pra nós fazer refletir mais uma vez, onde cada um sabe a sua dor, até onde aguentamos tal dor, e existe apenas 2 caminhos, ou abandonar ou enfrentar!!! Aí fica a incógnita pra cada um que sente a dor!!!
    Se olharmos de outra maneira o que o filme realmente quis passar, a dor de cada um irá embora

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