[Resenha] - O Clube dos Oito - Daniel Handler

Título original: THE BASIC EIGHT
Tradução: Fabricio Waltrick
Capa: André Hellmeister
Páginas: 400
Formato: 16.00 X 23.00 cm
Peso: 0.543 kg
Acabamento: Brochura
Lançamento: 16/02/2018
ISBN: 9788555340659
Selo: Seguinte


"Flannery Culp tem uma história para contar. A história de como se tornou uma assassina". Ela era uma estudante do terceiro ano do ensino médio do colégio Roewer e possuía sete melhores amigos, nos quais ela confiava muito. Eles se intitulavam de "O Clube dos Oito", mas nem tudo foi um mar de rosas na vida de Flannery, pois ela acabou cometendo um assassinato por conta de um amor não correspondido, assim ela e seu grupo de amigos ficou conhecido por todo o país em manchetes de noticiários sobre ocultismo e assassinatos.


O que me faltava estava bem ali na minha frente, em algum lugar, mas minha cabeça tinha ido para outro canto, esquecida de mim mesma. O que eu era? O que eu estava procurando?

Aquele era um ano muito importante na vida dos estudantes do último ano de Roewer, havia até mesmo uma faixa na entrada dizendo que os alunos do terceiro ano seriam desafiados até os últimos limites, mas não do jeito como eles imaginavam. O livro é o diário de Flannery, onde ela está presa e decide torná-lo público, assim ela está revisando tudo o que escreveu, fazendo anotações e destacando trechos que serão importantes no futuro de sua história. 




A premissa da história é muito interessante até então, mas confesso que me decepcionou um pouco, pois eu esperava que seria algo mais investigativo e "planejado" em  relação ao assassinato, e também achei que teria uma profundidade um pouco maior nas motivações dos personagens e acabou sendo diferente do que eu esperava. No começo, o livro dá a entender que seria focado em adolescentes super dotados do terceiro ano que bolariam um plano de assassinato, mas ele acaba nos surpreendendo de um jeito um pouco negativo na minha opinião, focando a maior parte da história na vida "amorosa" de Flannery e seus problemas da juventude.


Alguns minutos antes eu estava correndo e, embora não soubesse aonde chegaria, achava que sabia no que estava me movendo, mas agora olhava para os outros e percebia que a piada estava chegando ao ponto final.

Um ponto de destaque que eu gostei muito foi que a protagonista quebra a quarta parede o tempo todo, pois ela é a narradora da sua própria história, então ela fala conosco diversas vezes, destacando certos pontos, dizendo o que pensava e até mesmo nos fazendo perguntas para refletir, à propósito, no final de cada "capítulo", ela deixa quatro questões para análise que em algumas vezes servem de alívio cômico para o leitor. Uma coisa que se tornou um pouco chata durante a leitura foi o fato de ter diversas cenas fortes e incômodas que podem ser constrangedoras para alguns leitores.


No final do livro, temos duas versões da história, uma que é contada pela Flannery durante o livro e outra versão contada por uma terapeuta, assim ele nos faz escolher qual seria  a versão correta, mas é importante analisar tudo o que aconteceu na história de Flannery para chegar em uma conclusão (eu prefiro a primeira versão !!!).  Portanto, eu esperava um pouco mais de "O Clube dos Oito" sendo que em alguns momentos a história fica um pouco monótona e cansativa, mas não deixa de ser uma história interessante de assassinato.

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