All aboard ha ha ha ha ha ha ha
Meu pai sempre disse que eu faria algo grande um dia. ‘Tenho um pressentimento sobre você, John Osbourne’, ele dizia após tomar umas cervejas. ‘Você vai fazer algo especial ou acabar na prisão’. E meu velho estava certo, fui preso antes de completar 18 anos.
O Ozzy é indiscutivelmente um dos maiores ícones do Rock, sendo conhecido pelas suas loucuras tanto no palco quanto na vida, além de seu longo histórico de abusos de álcool e drogas. O Madman (um de seus apelidos) acabou indo para a reabilitação diversas vezes por conta de sua saúde e atualmente se encontra limpo de substâncias ilícitas desde que descobriu a doença de Mal de Parkinson. Entretanto, apesar de ter se tornado famoso por ser essa figura louca e descontrolada, nesse livro nós vemos um lado muito mais humano e pessoal do frontman, onde ele conta sobre sua depressão e o que essa vida desregrada acabou lhe custando com o passar do tempo.
Mas definitivamente nem tudo são lágrimas ao lado de Ozzy, muito pelo contrário! Pois já adianto que essa foi uma das leituras em que eu mais ri na minha vida, já que o Madman é carregado de um senso de humor ácido, mas com um jeito bem britânico que eu achei simplesmente sensacional, principalmente quando ele conta detalhes de histórias absurdas que até se tornaram lendas entre os fãs. Como quando ele arrancou a cabeça de um Morcego de verdade em cima do palco durante um dos seus shows insanos e, por conta disso, acabou reforçando a alcunha de Príncipe das Trevas.
Além disso, no livro ele também conta várias de suas inspirações musicais, entre elas, os Beatles, que exerceram uma enorme influência sob sua carreira e, principalmente, sob suas melodias. Inclusive é nítido perceber a admiração que ele tem pelos músicos de Liverpool em um vídeo onde o Ozzy se encontra com o Paul McCartney em pessoa. Recomendo muito esse vídeo para quem tiver curiosidade. O frontman também conta algumas de suas aventuras aleatórias, como quando aceitou fazer parte do reality show The Osbournes com sua família, que por incrível que pareça acabou fazendo muito sucesso a ponto deles anunciarem que esse programa vai "voltar" em formato de podcast (Confesso que eu não esperava por isso). No livro ele também narra alguns de seus encontros com outros músicos como o lendário Lemmy do Motörhead e os malucos do Mötley Crüe (sério, não sei como esses caras estão vivos até hoje), onde ele conta a sua versão do fatídico dia das formigas que foi mostrado no filme The Dirt durante uma turnê que o Ozzy realizou com a banda.
Portanto, eu recomendo demais esse livro, mesmo para quem não é necessariamente fã do mundo do Rock, mas tem certa curiosidade pelo gênero, pois é uma autobiografia divertidíssima e extremamente sincera (até demais). E se você, assim como eu, já curte as músicas do Príncipe das Trevas, ou bandas de hard rock e heavy metal em geral, eu nem preciso dizer que essa leitura é praticamente obrigatória e que você não vai se arrepender, pois vai ser um prato cheio de loucura e música "barulhenta".
Enquanto houverem garotos chateados o heavy metal continuará existindo.
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