Esse texto contém spoiler
Sendo um dos clássicos de
horror mais conhecidos de todos os tempos, Frankenstein foi criado por Mary
Shelley após um pesadelo que a autora teve, na qual um homem costurava partes
de cadáveres na tentativa de criar um novo ser com vida.
Logo, isso serviu de
inspiração para que a mesma desse origem a obra que conta a história de Victor
Frankenstein, um homem obcecado por conhecimento e que jamais aceitou que um
ser humano simplesmente deixasse de existir (juntamente com suas memórias,
conhecimento e ideias) pelo simples fato de morrer.
Quando sua mãe morre ao dar
à luz a seu irmão, Victor não se conforma e decide logo iniciar seus estudos
que encontrariam uma forma de dar vida à matéria inanimada.
Juntando partes de corpos
humanos no cemitério e se isolando por meses em seus experimentos, Frankenstein
dá origem à uma criatura de aspecto repugnante e perverso, a qual, para sua
surpresa, possuía pensamentos e sentimentos humanos, além das habilidades de
fala e escrita.
Arrependido de sua
monstruosa e abominável criação, Victor renega o ser, que passa a sofrer pela
aversão e pavor que desperta em todos de quem se aproxima.
A criatura revolta-se por
não ser amado nem pelo próprio criador, implorando por afeto e afirmando ser
dotado de bons sentimentos e da necessidade da recíproca. Como seguiu sendo
escorraçado, decide também destruir a existência de seu criador, o responsável
por tamanha desolação.
Em uma passagem afirma:
“tenho um amor em mim que nem pode imaginar e uma fúria em mim que nem pode
acreditar. Se eu não puder satisfazer uma, hei de satisfazer a outra. Eu era
bom e minha alma transbordava de amor, mas a intolerância dos outros me ensinou
a odiar.”
A partir desse ponto, a
criatura destrói a vida de seu criador, perseguindo-o e matando sua família,
com a promessa iminente de que Victor se sentiria tão infeliz quanto ele.
O desfecho se dá quando, na
noite de núpcias de Victor e Elisabeth (a menina que cresceu com ele e única
mulher que amou na vida), a criatura reaparece e assassina a amada esposa de
Frankenstein, arrancando seu coração.
Nesse momento, livro e filme
seguem caminhos diferentes. No livro, a criatura havia proposto a Victor a
criação de uma parceira que fosse tão monstruosa quanto ele, para amá-lo do
jeito que era. Diante da não aceitação de Victor, a criatura resolve matar
Elisabeth para também negar à Victor os prazeres dos quais foi privado. Depois
disso, ambos seguem em uma perseguição no extremo norte, onde fazia um frio era
congelante, ao qual Victor não resistiu e acabou morrendo.
Já no filme, também ocorre a
negação de Victor em criar uma parceira para a criatura, mas, após Elisabeth
ser assassinada, ele não se conforma com a perda de sua esposa e, costurando
suas partes, dá vida à ela novamente, mas como seu aspecto fica monstruoso e
órgãos que não seus, Elisabeth fica confusa entre criador e criatura e, em meio
a pressão que sofre dos dois, destrói a si mesma.
Tanto no livro quanto no
filme, após a morte de seu criador a criatura acaba chorando em seu leito e
lamentando pelo trágico fim, afirmando que, apesar de tudo, Victor era seu pai,
a única pessoa que tinha no mundo.
Texto por Katryne Avila
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