Editora: Intrínseca
Lançamento: 2006
Gênero: Ficção Australiana / Guerra
Título Original: The Book Thief
Tradução: Vera Ribeiro
ISBN: 978-85-98078-17-5
Durante o enterro de seu irmão mais novo, Liesel rouba seu primeiro livro, "O manual do coveiro" e mesmo sem saber ler, se apega àquela última lembrança do irmão caçula. É a partir daí que começa seu amor pelos livros e é com a ajuda de seu novo pai, Hans Hubermann, que ela aprende a decifrar aquelas letras.
Parte da vida na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial é marcada pelas adorações a Hittler. Por isso, se alistar no Partido Nazista era condição necessária para ter boas relações e trabalhos remunerados. Hans, porém, não se alista por não concordar com o rumo que a guerra está tomando. Isso causa a ira do filho mais novo, que acha o pai fraco e defensor dos judeus.
A verdade é que Hans tem uma dívida de honra com um judeu que lutou ao seu lado na Primeira Grande Guerra, e por isso não acha justo a condenação dos mesmos. Enquanto isso, Liesel está ajudando a mãe a manter seus clientes levando e buscando a roupa suja em suas casas. Uma dessas casas é a do prefeito, que além de linda e rica, tem um biblioteca incrível.
A Menina que Roubava Livros é uma daquelas histórias que nos faz refletir. Eu não pude deixar de pensar como o ser humano é cruel. É uma ficção, mas poderia ser real, poderia ter realmente acontecido, e isso me assusta. Não consegui deixar de me emocionar com cada cena e dificuldade que os personagens passam. É uma lição de vida.
A linguagem de Marcus Zusak é diferente. Não é aquela linguagem fácil, mas não deixa de ter sua beleza. Já pensou a Morte falando com você? É exatamente assim. O fato de ser a Morte a narradora de toda a história já é um grande diferencial. É um acontecimento e tanto, pois ela não foi colocada como narradora em vão, mas sim para mostrar o quão cruéis foram os acontecimentos da Segunda Guerra. O comportamento do ser humano atingiu um nível tão horrível e cheio de maldade que até a Morte ficou espantada.
Não espere um final feliz! Porque mesmo que tudo acabasse "certo", quem viveu na Alemanha nazista e sofreu com a Guerra jamais seria completamente feliz. Esse fato me conquistou muito na história, nem sempre os finais são felizes e temos que aprender isso.
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