Editora: Companhia das Letras
Lançamento: 2016
Gênero: Ficção francesa
Páginas: 135
ISBN: 978-85-5652-013-5
Laurent Letellier é um livreiro parisiense cuja vida segue uma rotina extremamente tranquila. Morando no segundo andar do local em que trabalha, ele não possui o hábito de se deslocar muito para chegar aos locais que precisa. Em um dia como qualquer outro, a caminho do seu café matinal na cafeteria L'Espérance, Laurent se depara com uma cena inusitada: uma bolsa feminina lilás em perfeito estado abandonada sobre as latas de lixo ainda não recolhidas naquele dia.
Laurent resolve que entregará a bolsa lilás para que a polícia descubra a quem ela pertence, mas chegando na delegacia percebe que esperar o tempo estipulado pela polícia para ser atendido irá fazê-lo se atrasar para o trabalho. Laurent então vai embora com a bolsa, decidido a voltar no dia seguinte, e a guarda em seu apartamento.
Movido pela curiosidade, ele começa a vasculhar a bolsa, mas não há nada dentro dela que indique a quem ela pertence. Nenhum telefone, nenhum documento, nada. Apenas uma série de objetos que Laurent não consegue compreender - e uma caderneta vermelha. Uma caderneta vermelha cheia de anotações e pensamentos curiosos que aos poucos vão dando forma à dona daquela bolsa e que fazem com que Laurent mergulhe na mente daquela mulher desconhecida e resolva que irá por si mesmo procurar por ela.
É desta forma que começo definindo "A caderneta vermelha": extremamente romântico, como todo livro que se passa em Paris deve ser. O autor escolheu uma ideia bem simples e original e usou e abusou de ideias incríveis para compor sua estória, de forma que o livro passa longe de ser um romance água com açúcar. Narrado em terceira pessoa, não só conhecemos a mente de Laurent, mas também somos apresentados à "mulher misteriosa", ainda que em poucas partes.
Os personagens são maravilhosos, muito bem construídos e expressivos. Apesar da diagramação um pouco confusa em certos pontos pela falta de identificação dos diálogos, é muito fácil compartilhar dos mesmos sentimentos e pensamentos que eles. Gostei do fato de serem perfeitamente representados pelo que realmente são - pessoas comuns como qualquer um de nós. Os diálogos são bem realistas e a estória fica mais leve por causa disso.
Pela sua prestatividade, não podemos deixar de torcer para que Laurent consiga realizar seu novo objetivo - o de encontrar a dona daquela bolsa, cujos pensamentos aleatórios causaram certo impacto na vida do nosso protagonista.
Apesar do clima romântico que permeia as páginas de "A caderneta vermelha", o autor mesclou situações cotidianas bem divertidas que mostram que, sim, em bolsa de mulher cabe muita coisa - e até dá umas dicas básicas sobre como agir perante uma bolsa de mulher perdida cheia de artefatos que só fazem sentido para nós!
Sem dúvidas, um romance único e capaz de conquistar, que retrata como duas vidas podem se cruzar por causa de um acontecimento inesperado e que, na verdade, nada na vida acontece por simples acaso.
"A questão que se apresentava agora era quase de ordem moral: levá-la consigo ou deixá-la ali mesmo? Em algum lugar da cidade, com certeza uma mulher tinha sido roubada e, muito provavelmente, perdera a esperança de rever seus pertences."
Laurent resolve que entregará a bolsa lilás para que a polícia descubra a quem ela pertence, mas chegando na delegacia percebe que esperar o tempo estipulado pela polícia para ser atendido irá fazê-lo se atrasar para o trabalho. Laurent então vai embora com a bolsa, decidido a voltar no dia seguinte, e a guarda em seu apartamento.
Movido pela curiosidade, ele começa a vasculhar a bolsa, mas não há nada dentro dela que indique a quem ela pertence. Nenhum telefone, nenhum documento, nada. Apenas uma série de objetos que Laurent não consegue compreender - e uma caderneta vermelha. Uma caderneta vermelha cheia de anotações e pensamentos curiosos que aos poucos vão dando forma à dona daquela bolsa e que fazem com que Laurent mergulhe na mente daquela mulher desconhecida e resolva que irá por si mesmo procurar por ela.
É desta forma que começo definindo "A caderneta vermelha": extremamente romântico, como todo livro que se passa em Paris deve ser. O autor escolheu uma ideia bem simples e original e usou e abusou de ideias incríveis para compor sua estória, de forma que o livro passa longe de ser um romance água com açúcar. Narrado em terceira pessoa, não só conhecemos a mente de Laurent, mas também somos apresentados à "mulher misteriosa", ainda que em poucas partes.
Os personagens são maravilhosos, muito bem construídos e expressivos. Apesar da diagramação um pouco confusa em certos pontos pela falta de identificação dos diálogos, é muito fácil compartilhar dos mesmos sentimentos e pensamentos que eles. Gostei do fato de serem perfeitamente representados pelo que realmente são - pessoas comuns como qualquer um de nós. Os diálogos são bem realistas e a estória fica mais leve por causa disso.
Pela sua prestatividade, não podemos deixar de torcer para que Laurent consiga realizar seu novo objetivo - o de encontrar a dona daquela bolsa, cujos pensamentos aleatórios causaram certo impacto na vida do nosso protagonista.
Apesar do clima romântico que permeia as páginas de "A caderneta vermelha", o autor mesclou situações cotidianas bem divertidas que mostram que, sim, em bolsa de mulher cabe muita coisa - e até dá umas dicas básicas sobre como agir perante uma bolsa de mulher perdida cheia de artefatos que só fazem sentido para nós!
"Bebeu mais um gole de vinho, com a nítida sensação de que ia cometer um ato proibido. Uma transgressão. Um homem não remexe a bolsa de uma mulher - até os povos mais atrasados deviam obedecer a essa regra ancestral."
Sem dúvidas, um romance único e capaz de conquistar, que retrata como duas vidas podem se cruzar por causa de um acontecimento inesperado e que, na verdade, nada na vida acontece por simples acaso.
Achei super legal o titulo deste livro. Gostei ainda mais da sinopse! A premissa parece maravilhosa, eu adoraria ter a oportunidade de ler este livro, sem dúvida nenhuma.
ResponderExcluirAbraços,
Blog Decidindo-se \o/
Olá Vinícius!
ExcluirEste livro veio para mim de parceria com a editora e eu pensei exatamente a mesma coisa quando o escolhi. O livro é, sim, maravilhoso! Quando tiver a oportunidade, leia mesmo, não vai se arrepender!
Beijo!
Estou lendo este livro, a princípio estou adorando.
ResponderExcluirÉ muito bonito, amei até o último momento!
ExcluirQuando terminar venha nos dizer o que achou!=)
Bjs
Oi Thalita!!
ResponderExcluirÉ sim, tem uma bela história! Leia, você vai amar!
Beijos
Comprei esse livro pra dar para uma paquera que conheci no Tinder rs, é muito bom. Li até a metade, é uma história muito envolvente e totalmente fora dos padrões comuns de uma sociedade hiperconectada. Espero que ela tambem goste
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