Olá pessoal!
Hoje temos um post diferente que há muito não fazíamos: uma entrevista! Sim! A autora parceira convidada de hoje foi a Martha Ricas, escritora da trilogia Querubins. E mais legal ainda é que, além dela ter aceitado participar, ela não veio sozinha! Ficaram curiosos? Então continuem lendo, porque tem muita coisa boa para vocês nessa entrevista! Vamos lá?
Marina: Olá, Martha! Boa noite! Fico
feliz que tenha concordado em participar dessa entrevista e ainda mais animada
ao saber que trouxe de surpresa os querubins com você! Como tem estado?
Martha:
Estou muito bem, Ma! Feliz de estar aqui e ainda
acompanhada por esses três. Na verdade, também fui surpreendida pela presença
deles aqui, mas sabemos que eles não costumam agir conforme o esperado.
Ashira: Fico sempre
encantada de estar perto de seres humanos alegres (risos).
Salatiel: Ashira,
acalme-se. Procure lembrar de observar antes de falar, cara amiga.
Chaya: Ou procure não falar, também é uma boa
alternativa.
Martha: Er... Gente, mas
estou aqui para falar de vocês, então acho que não teremos muitas escapatórias.
Marina: Não se preocupe, Martha. Tentamos deixar
tudo o mais confortável para todos aqui hoje! Vocês estão bem? Chaya? Ashira?
Salatiel? Gostariam de mais alguma coisa antes de começarmos?
Chaya: Estou bem.
Salatiel: Sinto uma grande
paz, obrigado.
Ashira: Bem, vou repetir
que estou imensamente feliz e satisfeita! A propósito, adorei seu nome, é tão
lindo!
Marina: Obrigada, Ashira!! Vamos
começar! Martha, primeiramente, quando você começou a ter suas ideias para
Querubins? Quando você decidiu que iria escrever sobre essa temática?
Martha: Infelizmente, eu
não estava em um momento muito tranquilo, digamos assim.
Salatiel: A Martha estava
muito machucada interiormente e a inspiração para os livros acabou surgindo
muito da sua dor. É difícil ver humanos sofrendo, sobretudo as mulheres, mas é
belo como transformam suas feridas em arte.
Ashira: E de arte eu
entendo! Ficava muito emocionada ao ver cada lágrima transformada em um
parágrafo. E a escolhida para a primeira história foi a Chaya! Nada como alguém
tão forte para ajuda-la naquele momento.
Marina: Que bonito!
Chaya: De fato, foi preciso
coragem para encarar tanta escuridão e encontrar a luz. Digamos que descobrir
nossa presença e espírito guerreiro também a inspiraram.
Marina: Qual deles você
acha que foi o mais difícil de moldar? E com qual dos três você acha que se
identifica mais no quesito de personalidade?
Martha: Ok, pessoal. Por
favor, não se ofendam se eu disser algo errado, tudo bem? É sobre minha
percepção a respeito de cada um.
Ashira: Vou adorar saber!
Salatiel: Prossiga.
Chaya: ... com cautela.
Martha: Cada um teve um
certo nível de dificuldade. A Chaya, por exemplo, é muito valente e objetiva,
mas também pode acabar sendo impulsiva e teimosa. Já Ashira, com sua docilidade
e sensibilidade, às vezes se deixa levar pela indecisão e emoção. O Sal já foi
um processo bem mais demorado, por ser homem e ter uma personalidade muito
intelectual e pensativa, tornando tudo mais complexo. Várias pessoas próximas já me disseram que pareço
um pouco com os três, o que me deixa lisonjeada. Queria ter a compaixão da
Ashira, a bravura da Chaya e a temperança do Salatiel. Mas, acho que se tiver
que escolher, sou mais parecida com o Dourado.
Marina: E vocês, Chaya,
Salatiel, Ashira? O que acham disso? Com quem vocês acham que a Martha se
identifica mais entre vocês em termos de personalidade?
Ashira: Ah! Ela canta,
assim como eu. Também ama os animais e gosta de ajudar as pessoas. A Martha
adora arte e se encanta por coisas simples e belas. Ela é uma fofa! (risos)
Chaya: Ela pode lutar para
defender quem ama ou contra aquilo que não está certo. Certamente, são
características minhas. Ainda precisa ser mais corajosa, mas está no caminho.
Salatiel: Nossa atalaia
aqui também gosta de pensar em todos os ângulos antes de tomar qualquer
decisão. Martha adora ler e estudar, coisas pelas quais tenho bastante apreço.
Marina: Essa entrevista está me emocionando! Eu adorei a ideia
de criar um livro para cada um deles, Martha. Mas me diga, em que etapa do
caminho você decidiu que seriam três querubins e começou a definir suas
histórias?
Martha: A Chaya como sempre
(me perdoe, Vermelha, isso é uma coisa boa), chegou chegando no primeiro livro
e os outros dois apareceram quase de relance. Porém, eles estavam lá e
resolveram contar suas histórias tão diferentes umas das outras. Eu diria que o
Sentença da Chaya, é sobre a coragem de ver o que todos escondem; o Balança da
Ashira, sobre como o amor pode sobreviver aos piores desastres e o Rebelião do
Salatiel a respeito dos conflitos internos que todos temos e podemos vencer.
Marina: Eu também amo o
nome que você deu a eles. O que você pensou na hora de escolher? Você levou em
consideração a personalidade de cada um dos três? E já tinha uma prévia de como
eles seriam, ou tudo isso foi surgindo aos poucos?
Salatiel: Essa eu posso
responder! Nossos nomes descendem de um idioma antigo dos humanos: o hebraico.
Chaya significa “vida”, Ashira “riqueza” e Salatiel “pedido por Deus”.
Martha: O Sal já disse
tudo! (risos)
Marina: E vocês, Salatiel,
Chaya, Ashira? Como se sentiram ao saber seus nomes e suas funções celestiais
quando foram criados?
Chaya: Foi uma honra
receber meu nome, espada e função guerreira.
Ashira: Foi bem assustador,
no início, mas depois percebi que tudo o que Deus decide é tão perfeito!
Salatiel: Levou um tempo
para absorver toda a grandeza celestial e compreender nosso papel ali, porém, a
honra de lutar pelo Céu é imensurável.
Marina: E as armas
celestiais que vocês usam? Eu simplesmente adoro as nomeações que receberam! De
onde as tiraram?
Chaya: Nossas armas são
extensões de nós mesmos. Havah é como meu braço e minha companheira. Nós
recebemos as espadas na cerimônia feita no Quartel Querubim.
Salatiel: Os significados e
as aparências das espadas são ligados ao que geralmente costumamos fazer
batalha. A rapieira de Ashira é fina e usada para ataques tão ágeis e certeiros
quanto ela, a espada recebeu o nome de Sarayah que significa também no que
vocês conhecem como hebraico “princesa”. Minha espada Berurah foi forjada por
materiais cristalinos e seu nome significa “pura”, já que muitas vezes tive que
lutar contra o próprio Lúcifer, a personificação de todo mal, acredito que Deus
já tinha grandes planos para ela. A querida Havah de Chaya pode irromper em chamas
assim como sua portadora, tornando-se uma arma letal a qualquer opositor e seu
nome não poderia ter outro sentido a não ser um sinônimo de Chaya, “vida”. É
como se elas fossem um só ser. Desde nossa criação, jamais vi tamanha sincronia
entre espada e querubim, devo dizer.
Marina: Lindas palavras, Dourado. Eu estou realmente emocionada com tudo isso. E Martha, você usou
nos livros cenários bem distintos para a missão de cada um. Você escolheu
aleatoriamente ou tinha algo por trás da escolha de cada um deles, em relação
ao contexto da história ou a personalidade de cada um...
Martha: O lugar para onde
cada guerreiro foi enviado tinha muito a receber deles e também muito a
ensiná-los. Por exemplo, Chaya teve que encarar uma aldeia onde a ingenuidade e
precariedade do povo os levava a erros que para ela eram primários, mas que
causavam muita dor e sofrimento, fazendo-a enxergar que nem todo passo tortuoso
dos humanos advém de malícia. Sal foi enviado a uma terra extremamente
desenvolvida, mas que acaba matando sua gente devido ao nível extremo de
exigências e expectativas. No Japão, o Dourado teve que encarar suas próprias
falhas para mostrar a uma jovem que mesmo os celestes tiveram que fazer
escolhas difíceis. Ashira precisou encontrar seu foco em meio a tantas coisas
que evocavam suas emoções e a Toscana é um dos lugares mais belos e românticos
do mundo desde a Antiguidade.
Marina: Nas missões que já
realizaram na Terra e que conviveram intensamente com seres humanos e a vida
que levam, o que mais despertou o interesse de vocês? Ashira?
Ashira: Oh, você é tão
bondosa de me perguntar primeiro! Imagino que seja devido a pergunta estar
relacionada aos humanos, mas não considero isso algo negativo. Amo estar entre os
humanos, pois consigo ver neles o amor que Deus tinha ao cria-los. Lúcifer não
conseguiu enxergar isso e quase levou nosso Sal, mas os humanos ainda terão um
papel tão lindo em toda a Criação! Se soubessem disso, não se matariam ou
magoariam como fazem, é uma pena (suspiros). O meu atalaia, Lucca perdeu toda a
sua família em um conflito motivado por ganância, mas ele ainda manteve o amor
no coração. Isso me inspira e continuará inspirando.
Marina: E você, Salatiel?
Salatiel: Minhas passagens
pela terra não costumam ser muito tranquilas. Aquela no Japão que a Martha
citou talvez tenha sido uma das poucas em que não precisei lutar. Entretanto,
atento-me a ela, lembro de quanto sofrimento Hana Toshida carregava e como foi
unir nossas dores para curá-la. Os humanos são muito intensos e complexos, mas
como toda a Criação têm o seu propósito. Não os admiro, porém os respeito.
Marina: E para você, Chaya?
Ashira: Chaya,
companheira... Apenas meça suas palavras.
Chaya: Olhem, sei que elas
são bonecas de barro, mas acho que minhas palavras não têm o poder de
quebra-las. Pelo menos, nunca tentei. Não se preocupem, serei cortês. Vocês
desperdiçam tempo, potencial, vida. Isso me irrita, me faz perder a paciência,
mas a cada dia encontro alguns humanos pelos quais vale a pena lutar. E, além do mais,
não é como se eu tivesse escolha, de qualquer modo. Faço o que tem que ser
feito, não preciso gostar.
Marina: Se pudessem
escolher o local de suas próximas missões, para onde gostariam de ir?
Salatiel: Não podemos
escolher e acredito que seja melhor assim. Informações em excesso pode
atrapalhar as missões, assim como quaisquer preferências particulares.
Chaya: Eu escolheria
qualquer lugar com pouco contato humano, com certeza.
Ashira: Acho que um lugar
pacífico seria ideal, mas em tempos de paz acabamos não sendo necessários,
infelizmente.
Marina: E quanto aos
títulos que receberam? Eu acho maravilhoso como são conhecidos como “A Flama Vermelha”,
“A Canção Cortante” e “O Querubim Dourado”, é tão imponente, forte e mágico!
Salatiel: Agradecemos ao
nosso Pai, que nos nomeou. Meu nome vem da minha armadura e da posição que
ocupei enquanto éramos novatos no Quartel dos Querubins.
Chaya: Literalmente ardo em
chamas, então, acho um título apropriado. (risos)
Ashira: Cantar faz parte de
mim, assim como lutar pela justiça. Acho que assim fui ficando conhecida por
Canção Cortante.
Marina: E para finalizar,
Martha, o que pretende agora que terminou essa trilogia? Você tem planos para
continuar escrevendo? O mundo dos querubins acabou por aqui? Alguma novidade
que possa revelar aos seus leitores e aos leitores do blog?
Martha: Muito obrigada pela oportunidade, Marina!
Adorei nossa conversa e contar com nossos amigos alados também. Sim, pretendo
continuar escrevendo! Quem leu o epílogo de “Querubins – A rebelião da luz”
percebeu que novos fatos surgiram e que miram o futuro, diferente das histórias
que até agora nos contaram sobre o passado. A novidade pode atender por
sobrenomes como Haven, Davidson, Médici, Toshida... Os atalaias podem ficar
atentos!
***
Leitores do blog, preciso dizer que amei muito a entrevista com a Martha e os querubins que amo tanto. Espero do fundo do coração que vocês tenham gostado também! Em breve espero poder voltar com mais!
Um beijo!
Muito bacana o conteúdo desse blog!! Aliás vocês já ouviram falar desse canal de resenha de livros https://www.youtube.com/user/amendoimcomcafe ele é muito bom e está crescendo, podia talvez rolar um intercâmbio, seria muito bacana!
ResponderExcluirOlá Bruno.
ExcluirObrigada! Eu não conheço o canal, vou visitar.
Bjs
Que entrevista maravilhosa. Ver meus Querubins respondendo uma entrevista foi mágico. E sem brincadeira alguma estou com lágrimas nos olhos. Muitas cosias que eles falaram sobre os nossos erros forma como tapas na cara. Infelizmente o ser humano tem a terrível mania de só perceber o mal que faz quando não tem mais como voltar atrás.
ResponderExcluirEu estou muito ansiosa para as histórias do Atalaias. Vai ser incrível.
Um beijo
Vidas em Preto e Branco
Oi Lary!
ExcluirEu fiquei bem emocionada com a entrevista também, ver o mundo pelos olhos deles foi fascinante tanto nos livros quanto nas respostas que eles deram aqui.
E que venham mais histórias hehehe
Beijos!